A dor neuropática é aquela causada por lesão direta de estruturas do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) ou periférico (raizes nervosas e nervos periféricos).
Essa lesão pode ser causada por uma compressão do nervo, como numa hérnia de disco, por uma sequela de um traumatismo craniano ou da coluna com lesão do cérebro e da medula, respectivamente. O acidente vascular cerebral (AVC) e a esclerose múltipla também podem cursar com dor neuropática. Doenças metabólicas como diabetes e deficiência de vitamina B12 são outras causas.
O vírus da herpes zoster tem uma predisposição por atacar os nervos. Geralmente a lesão da pele obedece o trajeto do nervo acometido e o paciente pode apresentar dor e alterações de sensibilidade na mesmo região.
A neuralgia do trigêmeo é uma doença que causa dor neuropática na face. É uma das dores mais incapacitantes que o indivíduo pode ter. Geralmente os sintomas são lancinantes e desencadeados pelo escovar dos dentes, pelo toque. As vezes pode até impossibilitar o paciente de mastigar.
As características da dor neuropatica são bem peculiares. A dor pode ser acompanhada por formigamento, amortecimento, coceira, choque, sensação de queimação. Pode haver alteração da sensibilidade tanto para uma sensibilidade exacerbada como diminuída.
O controle da dor neuropática consiste em diagnosticar e tratar a causa da dor, ou seja, a doença de base. Além disso medicamentos específicos para dor neuropatica são necessários e os bloqueios e a radiofrequência pulsada são ótimas opções de tratamento minimamente invasivo. Em casos refratários, uma opção é a neuroestimulação medular.
Existem várias opções de tratamento, mas nem um isoladamente será suficiente. O conjunto das opções e o tratamento individualizado para cada paciente são as melhores alternativas.