A neuroestimulação medular é realizada por meio de um eletrodo colocado sobre a medula espinhal e conectado a um gerador de estímulos (algo parecido com um marca-passo). Esse gerador é programado, por telemetria, a transmitir uma corrente elétrica para o eletrodo que, por sua vez, estimula a medula espinhal. Isso promove a abertura de canais específicos nos neurônios, enganando a dor que indivíduo sente e permitindo seu alívio.
É indicado, principalmente, para tratamento de dor neuropática e para dor crônica decorrente da falha da cirurgia da coluna (antigamente conhecida como síndrome pós-laminectomia), em casos onde as demais modalidades de tratamento não vem mais proporcionando alívio da dor de maneira significativa.
O gerador funciona por uma bateria (semelhante à de um celular) que pode ser recarregável ou não-recarregavél. A vida útil dessa bateria é, em média, de 5 a 15 anos e isso depende do modelo do gerador e da quantidade/intensidade de estímulos que está programada. De acordo com cada caso, o paciente e/ou o médico pode controlar a intensidade do estímulo por um aparelho específico e esse mesmo aparelho estima a vida útil da bateria e informa o prazo em que ela deve ser trocada.
Hoje em dia, esses aparelhos são compatíveis com ressonância magnética. Então os pacientes que tem esses implantes podem realizar o exame, sem problemas.
Como todo tratamento para dor crônica, essa modalidade deve ser sempre atrelada as outras medidas (medicamentos, exercício físico, dieta, ajuste de ergonomia, etc) para o sucesso terapêutico.